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Plano de saúde: manter ou não o benefício?

Sabemos que os cortes nos gastos são muitas vezes inevitáveis neste momento, mas o velho ditado de que não se brinca com a saúde deve ser considerado

Com a crise econômica, muitas pessoas trocaram os planos de saúde pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Para se ter uma ideia deste cenário, em 2015 o saldo entre as pessoas que passaram a ter plano e aquelas que deixaram de ser beneficiárias foi negativo em 766 mil no Brasil, segundo último levantamento da ANS (Agência de Saúde Suplementar). Mas num país onde o Governo gasta, em média, somente R$ 3,89 por dia com a saúde do brasileiro, a exclusão deste benefício é um grande risco.

Sabemos que os cortes nos gastos são muitas vezes inevitáveis neste momento, mas o velho ditado de que não se brinca com a saúde deve ser considerado. Nos meus 25 anos de experiência neste segmento, sempre falei para todos que há planos compatíveis com orçamentos variados. Por isso, aqui entra a figura do corretor. Um bom profissional pode ajudar na hora de selecionar uma opção condizente com os desejos de cada um, sendo pessoa física ou jurídica.

Digo isso, principalmente, porque muitas empresas estão perdendo a capacidade de manter o benefício para seus colaboradores. E esse fato se dá por problemas de gestão na hora de escolher o plano mais indicado às necessidades do negócio e dos funcionários. O menor preço oferecido na negociação com o RH nem sempre é o que vale mais a pena a longo prazo. No final, os reajustes pegam todos desprevenidos e a troca por outro plano é a única solução, resultando em prejuízos para todos os envolvidos.

Na hora de encontrar o melhor serviço é importante levar em consideração quais hospitais, médicos e laboratórios estão credenciados e o que eles oferecem. Pesquisar sobre os tipos de contratação disponíveis e a rede credenciada de acordo com a necessidade de seu colaborador. Também questionar sobre os possíveis valores de reembolsos de consultas - uma vantagem extra para quem precisa consultar-se com um especialista que não atende aquele plano.

Assim como todo serviço que envolve o consumidor final, os planos de saúde também tem suas falhas, mas diante de um sistema de saúde pública ineficiente, não há como fugir desse tipo de benefício. Certamente ele traz um pouco mais de tranquilidade, principalmente em casos de emergência.

Importante salientar que recentemente tivemos algumas boas conquistas para os beneficiários dos planos de saúdes: a ampliação no número de consultas em psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia para pacientes com transtornos globais do desenvolvimento, além de direito a cerca de 21 novos procedimentos: implantes de prótese auditiva ancorada no osso no caso de deficiências de audição, serviço de nutrição para mulheres gestantes ou em amamentação, implante de looper (espécie de monitor) utilizada para diagnosticar perda da consciência por causas indeterminadas, entre outros tratamentos.

Por isso, acredito e reforço que antes de cortar o plano de saúde, vale a pena estudar todas as possibilidades e, se for possível, tentar reduzir outros gastos do orçamento.